O Conselho de Gestão da Área Marítima Protegida das Ilhas UROK (Arquipélago dos Bijagós) permite à Guiné-Bissau recber o Prémio Équador pela primeira vez

19 de June de 2019

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O processo de governação participativa na Área Marinha Protegida Comunitária das ilhas Urok (Formosa, Nagó e Chediã) insere-se no quadro de um modelo cogestão através da iniciativa do Conselho de Gestão da Área Marítima Protegida das Ilhas UROK (Arquipélago dos Bijagós), que recebeu este ano o “Prémio Equatorial”, atribuido à Guiné-Bissau pela primeira vez. Um processo dinâmico criado em 2005 com apoio da ONG Tiniguena, em que este Conselho de Gestão, através dos seus membros participam na gestão e implementação de todas as atividades dos projetos financiados nas Ilhas UROK.

O Conselho de Gestão da Área Maritima Protegida das Ilhas UROK é composto por:

1.       Representantes de cada tabanca que faz parte da Ilha de UROK;

2.       Representantes das tabancas das ilhas que compõem o Arquipélago dos Bijagós;

3.       Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas – IBAP;

4.       Centro de Investigação Pesqueira Aplicada (CIPA);

5.       Administração local;

6.       A ONG Tiniguena.

É neste sentido, que em 2016 foi lançado, o projeto “Promoção da Agroecologia em UROK” financiado pelo Fundo Mundial do Ambiente através do Programa de Pequenas Subvenções gerido pelo PNUD e executado pela Tiniguena,. O projeto, de cerca de 42 000 USD, visa promover a conservação de espaços e recursos naturais estratégicos para segurança alimentar, económica, cultural e ambiental das comunidades residentes nas comunidades de Urok., respondendo assim às necessidades do reforço do modelo de gestão sustentável em curso, através da implementação de práticas e técnicas agroecológicas que contribuem para a gestão dos espaços e com capacidade de promover uma agricultura familiar sustentável, mitigando os impactos da ação humana sobre os espaços e recursos naturais, em particular, nas áreas florestais.

Iniciativa Equatorial é uma parceria liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que reúne governos, sociedade civil, organizações de base e empresas para fomentar comunidades resilientes mediante o reconhecimento e a promoção de soluções baseadas na natureza para o desenvolvimento sustentável.

O Prémio Equatorial 2019, reconhece iniciativas excepcionais de comunidades e povos indígenas que promovem soluções baseadas na natureza para atenuar ou se adaptar às mudanças climáticas. Os vencedores participarão de uma prestigiosa rede de 223 organizações comunitárias de 78 países que foram reconhecidas com o Prêmio Equatorial desde 2002. Cada vencedor do Prêmio Equatorial receberá US$ 10 mil e será apoiado para participar de uma série de diálogos políticos e eventos especiais durante a Assembleia Geral das Nações Unidas e a Semana do Clima em Nova Yorque, em setembro de 2019. A cerimônia de entrega do Prêmio Equatorial 2019 coincidirá com a Cúpula do Clima da Assembleia Geral das Nações Unidas e o Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável.