O PNUD Guiné-Bissau, a semelhança dos outros países do mundo, apresentou ontem, 9 de dezembro, em conferência de imprensa no prédio das Nações Unidas em Bissau, o Relatório de Desenvolvimento Humano – RDH – 2019, intitulado “Além do rendimento, além das médias, além do tempo presente: as desigualdades de desenvolvimento humano no século XXI”.

Segundo Achim Steiner, Administrador do PNUD, “a desigualdade não é apenas a comparação do rendimento duma pessoa em relação ao seu vizinho. Avalia-se na análise da distribuição desigual da riqueza e do poder: as normas sociais e políticas profundamente enraizadas que trazem as pessoas para as ruas hoje em dia, e as causas das manifestações futuras se não houver nenhuma mudança. Reconhecer a face real das desigualdades é um primeiro passo; o que acontece a seguir é uma escolha que cada líder deve fazer”.

O RDH 2019 demostra que a desigualdade é uma barreira para o desenvolvimento humano e para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Por exemplos no relatório, vê-se que com base nas tendências atuais, serão necessários 202 anos para acabar com as desigualdades económicas entre homens e mulheres.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2019 e seu "índice-irmão", o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade 2019, estabelecem que a distribuição desigual de educação, saúde e padrões de vida obstruiu o progresso dos países. De acordo com esses indicadores, perdeu-se 20% do progresso de desenvolvimento humano devido às desigualdades em 2018. O relatório, portanto, recomenda políticas que consideram o rendimento, e outras que vão para além num enquadramento que liga a expansão e a distribuição das capacidades e do rendimento, salientando a importância de clarificar quais são as desigualdades importantes para a evolução do desenvolvimento humano;

O RDH é disponível em Inglês, francês e Espanhol neste link: http://report.hdr.undp.org/