Plataforma de Viveiros, protegendo o ecossistema como um elemento fundamental para a saúde humana

11 de September de 2021

Foto: PNUD, 2021

A Plataforma de Viveiros da Associação dos Jovens Defensores do Ambiente Boé (AJDA BOÉ) é um projeto comunitário da plataforma Na No Mon, para reflorestar a zona de Boé, proteger e aumentar as zonas húmidas fortemente comprometidos pelo desmatamento, mudanças climática, e outros fatores.

Na Nô Mon é a plataforma de apoio comunitário impulsionada pelo PNUD, que visa apoiar iniciativas inovadoras de base para comunidades saudáveis, pacíficas, e inclusivas. O projeto "Plataforma de Viveiros" tem um grande valor para a população de Boé e para o país. Para além de reflorestar a zona, a Plataforma de Viveiros proporciona um espaço para os membros da comunidade refletirem em conjunto sobre a importância do ecossistema e trabalharem em conjunto na adopção de medidas preventivas e protectoras da biodiversidade do ecossistema. 

Os jovens, incluindo 110 mulheres, fazem parte deste projeto. Receberão formação em técnicas hortícolas, enxertia, e restauração de terras ameaçadas. Está planeada a criação de um viveiro florestal e de frutos silvestres, construído a partir de diferentes plantas e árvores de fruto. Além disso, 3 hectares de campo serão vedados para criar um viveiro de horticultura para as mulheres, aumentando assim o seu direito a recursos económicos e poder de decisão. Será reabilitado um sistema de abastecimento de água para irrigar eficientemente os viveiros.

O projeto irá assim formar jovens homens e mulheres para a construção de um viveiro florestal, hortícola e frutícola, para a conservação e regeneração de espécies raras de plantas e árvores de fruto, contribuindo para o crescimento do rendimento familiar e para o sustento diário. 

Atualmente, as principais atividades de subsistência dos jovens e das mulheres de Boé são a pesca, a caça, a exploração tradicional do mel, a produção de carvão vegetal, e a agricultura itinerante do arroz panpan. Este projeto irá aumentar as oportunidades socioeconómicas, explorando o potencial endógeno da zona.  Considerando que a Guiné-Bissau, como muitos países da costa ocidental, tem sentido os efeitos devastadores das alterações climáticas, é muito fácil compreender o valor deste projecto na ativação de mecanismos de ação para a proteção do ecossistema, um elemento fundamental para a saúde humana.